quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Desperta, ó claro e amado sol


Av. Rio Branco, Rio de Janeiro. Foto: Wilton Jr., Estadão.

23h30min. Sem horário de verão em Soterópolis.
Longe daqui, pero non mucho, até o apagão no Brasil é paraguaio.
E até o apagão no Paraguai é brasileiro.
E a cobertura jornalística é talibã.
Willian Waak, piadista global de plantão, entrevistando o assessor de comunicação social de Itaipu, Gilmar Piola, depois que o cara falou ao telefone por meia hora:
"Gilmar, em outras palavras, vocês não sabem o que aconteceu".
E Gilmar, parodiando o cara da Tigre: "Veja bem...".
Eu gosto das frases de gaveta:
"...a zona norte do Rio está praticamente às escuras".
"...o que você vê com luz certamente são prédios com geradores".
"...os pontos de luz na Av. Paulista são prédios que provavelmente têm algum tipo de geração de luz".
"...essa imagem você nunca viu. Normalmente é um mar de luzes".
E a melhor de todas, by Pellagio, chamando o repórter em Foz do Iguaçu:
"...aí está iluminado ou sem luz?".
Se eu fosse ele entrava com uma vela acesa na mão no meio do cemitério.
Números preliminares: 800 cidades atingidas e três dias para tudo se normalizar.
E a culpa, ao que parece é do vento que soprou lá no Paraná. Opa: cogita-se arte de hackers? Esta é melhor.
Amanhã vai ter aquele listão de todo apagão. Pacientes que ficaram na porta do centro cirúrgico, moradores que dormiram no elevador e a limpa geral da bandidagem. Sandra Passarinho já colou no Corpo de Bombeiros.


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